Um pouco sobre
Luix
LUIX
Estou morando em Cavalcante desde o começo da pandemia. Vim do Rio de Janeiro, fiz 58 anos em abril de 2022, trabalhei quase 30 anos como agente de viagens internacional até chegar a pandemia e praticamente acabar com as agências de viagens. Tive sucesso nessa área, fiz inúmeras viagens para os paraísos de surf pois além de gostar de surfar, a minha especialidade no turismo é o surf. Tinha uma vida bem agitada na cidade grande com família, trabalhos, praia e altas contas para pagar.
Mudei de vida completamente. Fui dar um tempo da mulher. Parei de trabalhar com o turismo exportativo no Rio e comecei com o turismo receptivo aqui na pousada Chalés Pássaros do Cerrado em Cavalcante, onde moro com minha mãe e tenho o ateliê das pedras. Saí da barulheira da cidade grande para a quietude da Chapada. Minha ex-companheira faleceu no começo de 2022 no Rio de Janeiro. Foram 30 anos juntos até o meio da pandemia. Acabei ficando em Cavalcante pois aqui é o paraíso! Tive que reaprender a viver, me relacionar, longe de tudo e do meu passado, família, amigos, galera e turma. Ainda bem que estou com a Mama Ji. Estou trabalhando a solicitude.
Aqui em Cavalcante, logo que cheguei comecei a praticar natação nos rios da região com mais dois amigos. Depois de uns 6 meses cada um seguiu seu rumo e acabei nadando sem companhia. Aprendi inúmeros caminhos para as quebradas nos rios. Visitei alguns atrativos, mergulhei em inúmeros poços, o mais fundo foi quase 10 metros no Veredão. Os lugares que mais gosto de nadar, buscar pedras é no Rio das Almas e São Bartolomeu em diversos pontos.
A elevada energia dessas águas é por conta da qualidade da natureza na região.
Uma vez brincando com um amigo de colocar uma pedra em cima da outra até cair.
Eram 13 pedras e quem conseguia colocar a última sem cair era o vencedor.
Resolvi escolher as minhas próprias pedras. Catei todas no fundo do rio durante a natação.. Assim a pedra ainda leva uma energia poderosa consigo.
Certa vez estava equilibrando as pedras uma em cima da outra, bem na última, quando coloquei, caiu tudo. Para minha surpresa eu enxerguei uma figura de um peixe com a forma que as pedras pararam na mesa
Comecei a encaixar, escolher melhor a posição e foi a primeira figura que fiz.
Fui ao rio novamente para escolher mais pedras submersas.
Nadei e mergulhei em diversos rios da região da chapada do Veadeiros, fui aprendendo sobre os formatos, os tipos de pedras que se encontram em cada parte dos rios.
No começo, eu sentava na mesa de madeira da varanda de noite, brincava com as pedras durante horas formando figuras e desenhos variados. Depois que a figura ficava pronta eu deixava ela montada na mesa uns 3 dias, tirava uma foto e depois desmontava.
O processo de escolher as pedras é muito natural, pois coleto durante a natação. Utilizar máscara e snorkel para visualizar melhor tudo embaixo d'água é fundamental.
Coletar as pedras é muito divertido, algumas vezes é um desafio. Tem pedras que tenho que mergulhar uns 3 a 4 metros, outras vezes preciso nadar uns 150 metros com a pedra até chegar no seco.
Depois de uns 8 meses brincando com as pedras, resolvi começar a fixar as artes em diversos tipos de bases. Montei uma oficina bem na varanda da casa onde moro, e foi no começo de setembro de 2021 que fixei no cimento a primeira arte. Um rosto. Dei o nome de Capitão Africano por conta das suas feições. Desde então venho aprimorando as diferentes formas de colar as pedras em diversos tipos de moldura.
O processo de criação foi me envolvendo cada vez mais. Toda noite vou para o ateliê executar os processos da arte. A parte que mais gosto é de criação. A montagem e pintura me divertem também.
Com o tempo fui ficando mais calmo, já não queria sair tanto...Gosto de fazer as coisas na varanda de noite, no silêncio, com menos luz, uso uma mesa grande de madeira que fiz com uns amigos.
Isso tudo funciona como uma terapia, me deixa mais calmo, menos ansioso, mais paciente.
Eu nunca imaginava que iria fazer algo assim. Levava jeito para desenho, pintura e plastimodelismo.
Mas chegar nesse tipo de arte, tão raro, pouca gente fazendo esse tipo de Stone Art.
Tive que aprender na marra muitos processos para a melhor fixação das artes em molduras.
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A sensibilidade em ver as pedras de uma forma diferente, tem algumas pedras que tem um formato ou desenho certinho de rostos, cabeças, partes de corpos de homens ou animais.
Incrível, fora que corre uma energia especial nesses quartzos da Chapada dos Veadeiros.
Os rios daqui são mágicos
Eu chamo de quebra cabeça de pedras.
Atualmente estou na fase mais comercial de quadros pequenos e médios com fundos pintados e as pedras formando a figura do tema principal. As vendas começaram naturalmente dando um retorno satisfatório inicial.
Gostaria de avisar que temos os produtos da CASA & JARDIM com artes resistentes ao clima e ao tempo.
Imagina ter uma parede em sua casa com as artes fixadas no momento da construção.
Vai ficar lindoooo.
Aceitamos encomendas.